miércoles, 22 de agosto de 2012


Chimpanzés em reservas




 ambientais da


 


África carregam 'superbactérias'

Micróbios são resistentes a drogas e podem matar macacos selvagens.
'Staphylococcus aureus' causa intoxicação alimentar em humanos.

Do Globo Natureza, em São Paulo

Bebê chimpanzé acompanhado de grupo de adultos; bactéria pode matar animais selvagens, diz estudo (Foto: Brian Szekely/Virginia Tech/Divulgação)Bebê chimpanzé acompanhado de grupo de adultos; bactéria pode matar animais selvagens, diz estudo (Foto: Brian Szekely/Virginia Tech/Divulgação)


Cientistas descobriram que chimpanzés em reservas ambientais da África carregam cepas de bactérias resistentes a drogas, responsáveis por causar intoxicação alimentar e infecções de pele em seres humanos.

As bactérias Staphylococcus aureus ocorrem com frequência na pele, no nariz e na garganta das pessoas sem causar doenças. No entanto, em certas condições, estes micróbios contaminam alimentos e produtos de origem animal. Se forem consumidos por seres humanos, podem causar náuseas, vômitos e cólicas, além de queda de pressão, mudanças bruscas de temperatura e até alterações nos batimentos cardíacos.
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Os macacos infectados, se forem reintroduzidos no seu habitat natural, poderiam espalhar a bactéria e colocar em risco as populações de chimpanzés selvagens, de acordo com o estudo.

Veterinários e biólogos do Instituto Robert Koch, em Berlim, fizeram a pesquisa em conjunto com cientistas da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, com o Santuário de Chimpanzés da Ilha de Ngamba, em Uganda, e o Orfanato de Animais Selvagens de Chimfunshi, na Zâmbia.

Doenças novas
As bactérias foram encontradas em 36 chimpanzés, 58% do total de primatas estudados nos dois santuários. Para o pesquisador Thomas Gillespie, da Universidade de Emory, um dos grandes riscos para macacos selvagens é o de adquirir doenças novas de origem humana.

"Pensávamos que nosso estudo encontraria transmissões de doenças de humanos para primatas, mas fomos surpreendidos ao descobrir a prevalência de bactérias resistentes a drogas nos animais", disse Gillespie ao site da universidade. "É um cenário parecido com os piores casos de hospitais nos EUA."

O resultado foi divulgado na terça-feira (21) na publicação científica "American Journal of Primatology" ("Revista Americana de Primatologia", na tradução do inglês). A pesquisa foi a primeira a aplicar técnicas usadas em laboratório para o sequenciamento de genoma de bactérias para rastrear a transmissão de micro-organismos de origem humana na vida selvagem
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