martes, 21 de agosto de 2012


Desastres naturais estão ligados a 



aquecimento global, 



diz prêmio Nobel



Para cientista Mario Molina, emissão de gases-estufa deveria ser taxada.
Pesquisador mexicano identificou que gás CFC destrói a camada de ozônio.

Do Globo Natureza, em São Paulo

O cientista Mario José Molina, vencedor do Prêmio Nobel de 1995 (Foto: Divulgação/Universidade da Califórnia)O químico Mario José Molina, vencedor do Prêmio
Nobel em 1995 (Foto: Divulgação/Universidade da
Califórnia em San Diego)
Dados científicos recentes mostram haver ligação entre o aquecimento global e desastres climáticos extremos ocorridos ao redor do globo, afirma o ganhador do Prêmio Nobel em Química de 1995, o mexicano Mario José Molina.

Durante um encontro da Sociedade Americana de Química, o cientista ressaltou que o vínculo também aparece nas temperaturas recordes e na seca que atinge plantações em vários pontos do planeta.

Premiado por ser um dos primeiros cientistas a alertar para a destruição da camada de ozônio e o perigo representado pelo gás CFC (clorofluorcarbono), Molina afirmou, em seu discurso na instituição, que as pessoas ainda não estão totalmente cientes das mudanças no entendimento científico sobre o assunto.

Eventos climáticos extremos, diz ele, "estão agora mais claramente ligados à ação humana, como a emissão de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis e carvão".

Ele ressaltou que não há "certeza absoluta" sobre o vínculo entre aquecimento global e os desastres naturais, mas que descobertas científicas nos últimos anos reforçam este elo.
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Sentindo na pele
Para o cientista, a sociedade está vivenciando as mudanças causadas pelo aquecimento global mais do que em outras épocas. "As pessoas estão sentindo, vivendo o impacto no preço dos alimentos e tendo uma imagem de como vai ser a vida no futuro, a menos que nós como povo façamos algo", disse ele, em discurso na Sociedade Americana de Química.

Molina propôs que sejam adotadas ações baseadas em acordos internacionais contra os gases causadores das mudanças climáticas. "Um novo acordo poderia taxar a emissão de gases-estufa, o que levaria os países a fazer a coisa certa por pressão econômica", ressaltou.

O cientista mexicano, que é professor na Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, descobriu junto com sua equipe que substâncias como o CFC, presentes em aerossóis, eram responsáveis pela destruição da camada de ozônio. A camada é uma das principais proteções presentes na atmosfera contra os raios ultravioleta emitidos pelo Sol.

A descoberta se deu entre os anos 1970 e 1980. Os estudos sobre o CFC e a camada de ozônio resultaram no Protocolo de Montreal, um acordo internacional que baniu o uso do clorofluorcarbono em 1996
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